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Há 30 anos, motim de presos entrou para a história de Porto Alegre. Reelembre!

Uma crônica humana sobre a rebelião que parou a cidade

cordão de refens em motim caso melara
Antônio Pacheco/Agencia RBS

Maior motim de Porto Alegre completa 30 anos

Na tarde gelada de 7 de julho, quinta-feira, um evento inesperado abalou as estruturas de Porto Alegre. No Hospital Penitenciário, anexo ao Presídio Central, seis presos armados transformaram a tranquilidade em caos ao tomar mais de 20 funcionários como reféns e iniciar um motim histórico. Entre eles, nomes como Nara Moura da Costa, aposentada e recordando os momentos de tensão, e Eloir da Silva Rodrigues, que sobreviveu à longa noite de angústia.

A exigência dos criminosos era clara: a transferência de dois presos importantes do sistema para o hospital. Dilonei Francisco Melara e Celestino dos Santos Linn, figuras centrais da Falange Gaúcha, lideravam o motim com determinação. Enquanto isso, figuras como Leonel Daboitt de Araujo, hoje membro da Apac, refletiam sobre suas escolhas passadas e o impacto no sistema penitenciário.

A cidade, coberta por uma camada de frio intenso, viu-se mergulhada em uma perseguição policial nas ruas. Carros em fuga, tiros e tensão marcaram o cenário urbano. O desfecho, no entanto, foi trágico: vidas foram perdidas, incluindo a do inspetor de polícia João Bento Freitas Nunes, e feridos graves como o diretor Claudinei Carlos dos Santos.

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Destino final de motim foi Hotel Plaza São Rafael

Dentro do Hotel Plaza São Rafael, o motim atingiu um novo ápice. Reféns, incluindo o taxista Sílvio Luiz Fontoura Nunes, foram envolvidos em um episódio dramático que culminou na rendição dos criminosos após longas horas de negociações conduzidas pelo desembargador Décio Antônio Erpen.

taxi termina dentro de plaza sao rafael em motim de melara
Dulce Helfer/Agencia RBS

No final, o saldo foi de vidas perdidas e uma cidade marcada pelo episódio. Os desdobramentos posteriores envolveram novas prisões e até assassinatos relacionados ao motim. O evento, que entrou para a história como o maior motim do sistema prisional gaúcho, deixou marcas indeléveis na memória daqueles que o viveram e testemunharam.

Este foi o dia que abalou Porto Alegre, um capítulo sombrio e impactante na história da segurança pública no Rio Grande do Sul.

 

 

Imagem destaque: Luiz Armando Vaz/Agencia RBS

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