Há 30 anos, motim de presos entrou para a história de Porto Alegre. Reelembre!
Uma crônica humana sobre a rebelião que parou a cidade
Maior motim de Porto Alegre completa 30 anos
Na tarde gelada de 7 de julho, quinta-feira, um evento inesperado abalou as estruturas de Porto Alegre. No Hospital Penitenciário, anexo ao Presídio Central, seis presos armados transformaram a tranquilidade em caos ao tomar mais de 20 funcionários como reféns e iniciar um motim histórico. Entre eles, nomes como Nara Moura da Costa, aposentada e recordando os momentos de tensão, e Eloir da Silva Rodrigues, que sobreviveu à longa noite de angústia.
A exigência dos criminosos era clara: a transferência de dois presos importantes do sistema para o hospital. Dilonei Francisco Melara e Celestino dos Santos Linn, figuras centrais da Falange Gaúcha, lideravam o motim com determinação. Enquanto isso, figuras como Leonel Daboitt de Araujo, hoje membro da Apac, refletiam sobre suas escolhas passadas e o impacto no sistema penitenciário.
A cidade, coberta por uma camada de frio intenso, viu-se mergulhada em uma perseguição policial nas ruas. Carros em fuga, tiros e tensão marcaram o cenário urbano. O desfecho, no entanto, foi trágico: vidas foram perdidas, incluindo a do inspetor de polícia João Bento Freitas Nunes, e feridos graves como o diretor Claudinei Carlos dos Santos.
Leia mais:
Policiais são indiciados pela Brigada Militar por morte após abordagem em Porto Alegre
Morte na PUCRS tem perícia concluída em Porto Alegre
Destino final de motim foi Hotel Plaza São Rafael
Imagem destaque: Luiz Armando Vaz/Agencia RBS