Alagado há 45 dias em Porto Alegre, ondas fazem estrago em bairro

Porto Alegre continua com muitas consequências das enchentes

Os moradores do bairro Guarujá, na zona Sul de Porto Alegre, enfrentam mais um capítulo doloroso de uma saga de alagamentos que parece interminável. Após um breve intervalo de tranquilidade no último final de semana, a manhã desta quarta-feira trouxe consigo uma nova investida das águas do Guaíba.

A Praça Zeno Simon, um dos espaços mais queridos da comunidade, encontra-se parcialmente submersa. O cenário é desolador, com ondas violentas invadindo áreas de lazer, gramados e até mesmo rampas de skate, que agora servem de trampolim para detritos arrastados pela correnteza.

Entre as ruas Oiampi e Jacipuia, próximo à movimentada avenida Guaíba, a situação é ainda mais grave. Um trecho alagado há 45 dias mistura água do Guaíba com esgoto, formando uma verdadeira poça de líquido contaminado que se estende por seis quarteirões. A área está praticamente intransitável para veículos, deixando moradores isolados e frustrados.

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Os estragos são visíveis por toda parte. Residências exibem marcas da inundação, algumas ainda cobertas por lodo, enquanto outras foram completamente destruídas, reduzindo-se a escombros. Além dos danos materiais, os moradores lidam com a angústia de verem parte de suas vidas literalmente levadas pela força das águas.

Enquanto a comunidade se mobiliza para tentar retomar a normalidade, o bairro Guarujá continua a contar os prejuízos de uma situação que se arrasta. Em meio aos escombros de muros e portões caídos, a esperança persiste, mas a incerteza quanto ao futuro domina os pensamentos dos que lutam para reconstruir o que as águas levaram.

Imagem destaque: Alex Rocha/PMPA