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Assassinato de jovem por empresário em Porto Alegre deverá ter júri em outubro

Débora Forcolén, de apenas 18 anos, terá seu caso finalmente julgado após longa batalha judicial

Assassinato de jovem por empresário em Porto Alegre
Reprodução / Redes Sociais

Jovem foi assassinada em importante avenida de Porto Alegre

No dia 31 de maio de 2018, a vida de Débora Forcolén foi brutalmente interrompida por um disparo fatal dentro da própria casa, na zona norte de Porto Alegre. O responsável pelo tiro, Marcelo de Oliveira Bueno, agora enfrenta o Tribunal do Júri, acusado de feminicídio por não aceitar o fim do relacionamento com Débora, como argumenta o Ministério Público.

Após anos de recursos judiciais e reviravoltas, a justiça finalmente marcou o julgamento de Bueno para o dia 8 de outubro deste ano. A decisão da juíza Cristiane Busatto Zardo da 4ª Vara do Júri de Porto Alegre põe fim a uma saga processual marcada por idas e vindas nos tribunais superiores.

Bueno, inicialmente detido no dia do crime e posteriormente liberado, viu-se novamente atrás das grades em julho de 2018. No entanto, em outubro de 2019, foi solto pela segunda vez, decisão que gerou indignação e protestos por parte da família e da opinião pública.

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Para o promotor Eugênio Amorim, responsável pela acusação, o caso é de extrema gravidade: “Trata-se de crime gravíssimo, com características claras de feminicídio. Após duas lamentáveis solturas do acusado, finalmente o Tribunal do Júri fará justiça para Débora e seus familiares”.

Familiares relataram um histórico de violência no relacionamento de Débora e Bueno, com episódios de ciúmes e ameaças. A mãe da jovem, Maria de Fátima Martins Duarte, desabafou em entrevista: “Ela não podia desgrudar daquele telefone dela. Ele tinha muito ciúme. Ele ameaçava matá-la. Ela não acreditava.”

A defesa de Bueno, por sua vez, sustenta a tese de que o disparo foi acidental, mostrando um vídeo que, segundo eles, não evidencia qualquer desentendimento entre o casal momentos antes da tragédia. O advogado Rodrigo Grecellé Vares argumenta: “Ele não tinha intenção, não tinha motivo. Foi um disparo acidental de um rapaz que não sabia manusear uma arma”.

Débora Forcolén, uma jovem com sonhos de ser modelo e atriz, deixou um filho pequeno e uma família que busca justiça.

 

 

 

Imagem destaque: Grégori Bertó/Palácio Piratini

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