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Auxílios para atingidos nas enchentes já somam 12 bilhões

Governo federal e estadual anunciam medidas para acelerar a reconstrução, mas muitos ainda aguardam pelo apoio necessário.

Justiça do RS volta aos trabalhos presenciais após enchentes em Porto Alegre TJRS
Juliano Verardi / DICOM / TJRS / marcas das enchentes

Enchentes causaram muitos estragos no RS

Desde as primeiras semanas após a devastadora enchente de maio no Rio Grande do Sul, governos federal e estadual vêm anunciando medidas para a recuperação econômica da população. Entre elas, o Auxílio Reconstrução, que até agora repassou cerca de R$ 1,7 bilhão a 340 mil famílias, ainda deixa muitos esperando. Este cenário resume o dilema de Adriana Luz, 54 anos, moradora de Porto Alegre, que teve sua casa alagada e, mesmo após três meses, ainda aguarda resposta para o seu pedido.

Com um total de aproximadamente R$ 12 bilhões investidos em ações de apoio, 82% são antecipações de benefícios sociais, enquanto apenas 18% correspondem a novos recursos. Essas medidas, como o saque calamidade do FGTS e a antecipação do Bolsa Família, têm sido essenciais para muitos, mas também refletem a dificuldade em implementar soluções duradouras.

Segundo Cássio Calvete, economista da UFRGS, as ações que envolvem novos recursos são as que demandam maior esforço dos governos. No entanto, muitas famílias ainda dependem de benefícios já previstos, como destaca Adriana: “Esse dinheiro me faz muita falta. Até agora, só consegui comprar um fogão parcelado.”

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Recontrução pós enchentes é desafio

Com o governo federal se empenhando em agilizar o Auxílio Reconstrução, os desafios permanecem. A análise dos pedidos encontra obstáculos em questões de cadastro e localização, prolongando a espera de muitos gaúchos. Enquanto isso, iniciativas estaduais como o Volta Por Cima buscam suprir essa lacuna, mas com alcance limitado em comparação ao apoio federal.

A reconstrução do RS segue em marcha lenta, com famílias ainda à espera do auxílio prometido, e a esperança de dias melhores se misturando à incerteza do futuro.

 

 

Imagem destaque: Duda Fortes / RBS

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