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Brigada Militar indicia cinco policiais por tortura seguido de morte em Porto Alegre

Investigação aponta série de acusações graves contra membros da corporação em Porto Alegre

onibus incendiado em protesto porto alegre
Carla Mello / Agencia RBS / Ônibus incendiado em protesto pela morte de morador

Porto Alegre tem investigação por morte de morador

Um recente inquérito conduzido pela Brigada Militar (BM) de Porto Alegre trouxe à tona um caso estarrecedor envolvendo cinco de seus próprios agentes no trágico desfecho da vida de Vladimir Abreu de Oliveira, morador do condomínio Princesa Isabel, na área central da cidade. O homem de 41 anos desapareceu após uma abordagem policial na madrugada de 18 de maio, sendo seu corpo encontrado dias depois, a cerca de 10 quilômetros do local da abordagem.

A investigação da BM, conduzida pela corregedoria da instituição, resultou no indiciamento de um sargento e quatro soldados por uma série de crimes, incluindo tortura seguida de morte, ocultação de cadáver, tortura por omissão, prevaricação e omissão de socorro. Os detalhes do envolvimento de cada um dos acusados não foram completamente divulgados pela corporação.

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Inquérito foi aberto pela BM de Porto Alegre

A descoberta do corpo de Vladimir mobilizou moradores do condomínio, que protestaram veementemente exigindo justiça. O cenário de indignação foi marcado por incidentes graves, como o incêndio de ônibus na Avenida Azenha, atribuído posteriormente a quatro suspeitos detidos pela Polícia Civil.

Após a repercussão do caso, a Brigada Militar iniciou um Inquérito Policial Militar (IPM) que culminou na prisão do sargento e de um dos soldados em 8 de junho. Os cinco acusados estão atualmente detidos no Presídio Policial Militar aguardando o desdobramento das investigações.

Enquanto a investigação administrativa da BM visava apurar infrações disciplinares, a Polícia Civil segue responsável pela investigação criminal, ainda em andamento. O delegado André Luiz Freitas, titular da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, ressaltou que o desfecho depende de laudos periciais adicionais para esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades.

O caso de Vladimir Abreu de Oliveira continua a suscitar um intenso debate sobre a conduta policial e a busca por respostas para uma tragédia que abalou a comunidade local. As autoridades enfatizam o compromisso com a transparência e a justiça na apuração deste episódio que, além de provocar indignação pública, levanta questões cruciais sobre os limites e responsabilidades no exercício da função policial.

 

Imagem destaque: Divulgação BM

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