Casal de influenciadores é preso novamente por suspeita de golpe
Operação da Polícia Civil Desvenda Esquema de Fraude e Manipulação
Casal de influenciadores de Canoas foi preso mais uma vez
Na última sexta-feira (9), a Polícia Civil deu um duro golpe no esquema de fraude de rifas virtuais que estava movimentando uma fortuna em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Gladison Pieri e Pamela Pavão, casal de influenciadores digitais que aparentemente tinham muito mais a oferecer do que conteúdos online, foram presos preventivamente. A ação policial, que teve início na terça-feira (6), revelou um esquema ilícito envolvendo rifas, manipulação de sorteios e lavagem de dinheiro.
O casal foi detido por posse irregular de arma de fogo, com Pieri recebendo uma prisão em flagrante após assumir a posse da arma. Ele pagou uma fiança de R$ 100 mil e foi liberado, enquanto Pamela foi liberada após prestar depoimento. Ambos são investigados por uma série de crimes, incluindo exploração de jogos de azar, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O delegado Cristiano Reschke mencionou que a prisão se deu porque, mesmo sabendo da investigação em curso, continuaram a realizar rifas ilegais, com um dos prêmios sendo uma BMW apreendida na operação.
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Casal de influenciadores alegou que foram “apenas prestar esclarecimentos”
A defesa do casal contestou a decisão judicial, alegando que a prisão foi “desnecessária” e que deveriam ter sido consideradas alternativas antes da detenção. A nota destaca que a decisão foge da aplicação adequada do Código de Processo Penal.
O casal se manifestou nas redes sociais após a operação, alegando que foram à delegacia apenas para prestar esclarecimentos sobre o período em que não estavam “regularizados”, afirmando agora serem “100% regularizados”. No entanto, a Polícia Civil contesta essa afirmação.
A legislação brasileira considera ilegais as rifas virtuais, salvo autorização expressa do Ministério da Fazenda. Além disso, os recursos arrecadados pelo casal eram diretamente direcionados para suas contas, prática irregular, e mesmo após a contratação de uma “empresa de título de capitalização”, o esquema não se adequou às exigências legais, como a vinculação a entidades beneficentes. A investigação também aponta possíveis manipulações nos sorteios, com suspeitas de que prêmios não eram entregues corretamente e que pessoas próximas ao casal foram favorecidas.
Imagem destaque: Reprodução
