Ciclovia da Ipiranga recebe barreiras de concreto após problemas com sinalização
A instalação de blocos de concreto amarelos gerou confusão e trouxe novos desafios para ciclistas e pedestres
Ciclovia segue em rota de polêmicas com prefeitura
Nesta quarta-feira (28), quem transitou pela Avenida Ipiranga percebeu uma mudança marcante na ciclovia: a instalação de blocos de concreto amarelos, conhecidos como “malas”. Esses blocos foram colocados em 11 pontos de acesso ao longo da pista, entre as avenidas João Pessoa e Salvador França, em uma tentativa de melhorar a segurança e sinalização do trajeto.
De acordo com a Prefeitura, a decisão de substituir os antigos cavaletes por esses blocos decorreu do fato de que os próprios ciclistas estavam removendo as sinalizações temporárias. A Secretaria de Mobilidade Urbana confirmou que a ciclovia permanece bloqueada entre a Avenida João Pessoa e a Avenida Antônio de Carvalho, com a exceção de um trecho liberado entre a João Pessoa e a Avenida Edvaldo Pereira Paiva.
Durante o trajeto é possível constatar que, entre as avenidas Salvador França e Antônio de Carvalho, a sinalização é quase inexistente. A única exceção é nas proximidades do complexo esportivo da PUCRS, onde há placas e grades indicando a presença de obras de reparo no talude.
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Ciclovia já registrou diversos acidentes este ano
Um incidente peculiar ocorreu na ponte entre a Ipiranga e a Rua La Plata, no acesso ao Jardim Botânico. Lá, os blocos de concreto estavam virados e caídos, dificultando a visualização e representando um perigo adicional. Na terça-feira (27), um pedestre caiu em um dos blocos enquanto caminhava à noite.
Felipe Rodrigues, ciclista da região, relatou que a falta de sinalização adequada dificulta a travessia e a visibilidade, especialmente em locais onde o talude está desbarrancado e próximo à pista. A Secretaria de Mobilidade Urbana justificou que a ausência de sinalização é resultado da remoção de cavaletes por terceiros e que os blocos de concreto foram colocados para fechar áreas previamente liberadas.
A Prefeitura de Porto Alegre ainda não informou se haverá reforço na sinalização ou em outras áreas da ciclovia. O desafio agora é garantir que as novas barreiras cumpram seu papel sem criar novos obstáculos para ciclistas e pedestres.