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Cidade muito afetada pelas enchentes comemora menor registro do Rio Guaíba em 1 mês

Após mês de intensas cheias, medições indicam cenário de estabilidade, mas estado de alerta persiste diante das mudanças climáticas

ponte do rio guaiba antes das enchentes
foto: Leandro Osório/Especial Palácio Piratini

Enchentes elevaram nível do Rio Guaíba

O panorama do Guaíba em Porto Alegre traz um sopro de alívio após um mês marcado pelas enchentes e desastres. Pela primeira vez em mais de trinta dias, o nível das águas registrou-se abaixo da cota de alerta, indicando um possível cenário de estabilidade.

As medições, realizadas na Usina do Gasômetro, apontam que, às 6h desta sexta-feira (7), o nível do rio estava em 3m14cm, enquanto que às 8h15min, a marca diminuiu para 3m13cm. Um indicativo claro de que o pior parece ter ficado para trás.

Os prognósticos do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sustentam a tendência de manutenção do Guaíba abaixo da cota de alerta pelos próximos dez dias, trazendo um alívio para a população atingida por essa enchente.

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Nova régua de avaliação é definida pós enchentes

Desde o último sábado (1º), quando o Guaíba ficou abaixo da cota de inundação, de 3m60cm, algo que não ocorria desde 2 de maio, tem-se observado uma gradual redução no nível das águas, após o pico registrado em plena enchente, 5 de maio, com impressionantes 5m35cm.

A revisão das cotas de inundação pelo governo do Rio Grande do Sul, anunciada no fim de maio, trouxe uma nova perspectiva para a avaliação da situação. Com a cota alterada para 3m60cm, os comparativos com registros históricos mantêm-se válidos, trazendo clareza e precisão para entendermos a dimensão desse evento climático.

O professor Fernando Fan, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, esclarece que as mudanças nas medições não alteram o impacto das cheias, mas sim fornecem uma nova régua de avaliação, garantindo a continuidade das análises históricas e a preparação para futuros eventos climáticos extremos.

 

Foto: Miguel Noronha/Estadão Conteúdo

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