Cidade provisória em Porto Alegre? Entenda o que pode acontecer com o sambódromo
Retirada do lixo acumulado abre espaço para moradias improvisadas em área cultural
Porto Seco pode virar “cidade provisória” em Porto Alegre
Porto Alegre se prepara para uma transformação inusitada enquanto o lixo é retirado do emblemático sambódromo da cidade. O espaço, conhecido como Complexo Cultural Porto Seco, está sendo limpo para dar lugar à instalação de uma “cidade provisória”, destinada a abrigar pessoas desalojadas pela recente enchente. Mas a comunidade local não está convencida dessa solução.
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) está trabalhando freneticamente para concluir a limpeza até 9 de junho, enquanto a polêmica sobre a utilização do sambódromo como local de habitação temporária continua. Moradores da região, como Erick Dênil, presidente do Centro Popular de Cultura Comunitário e Periférico, expressam suas preocupações, argumentando que a área ao redor do sambódromo já está saturada e sugerindo que a prefeitura considere alternativas mais viáveis.
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A remoção do lixo acumulado, proveniente de áreas afetadas pela enchente, é apenas uma etapa desse processo. Os resíduos estão sendo depositados temporariamente em locais designados, conhecidos como “bota-espera”, antes de serem encaminhados para o aterro sanitário em Gravataí, cerca de 30 quilômetros de distância da capital. Segundo Carlos Alberto Hundertmarker, diretor-geral do DMLU, essa logística visa agilizar a limpeza, dividindo-a em duas fases e garantindo o tratamento adequado do lixo.
Enquanto isso, a comunidade ao redor do sambódromo expressa suas preocupações com a possível instalação de uma “cidade provisória”, temendo conflitos e impactos negativos para a região. Com o debate em curso e a limpeza em andamento, Porto Alegre se prepara para uma nova fase em sua luta contra as consequências das enchentes, enfrentando desafios que vão além da remoção de entulhos.
