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Após 60 dias da enchente Porto Alegre ainda tem pontos com água na cidade

Dois meses após as chuvas intensas, problemas de infraestrutura ainda afetam moradores e comerciantes na região próxima aos trilhos da Trensurb

Porto Alegre ainda tem pontos com água na cidade
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Porto Alegre ainda sofre consequências das enchentes

Porto Alegre segue lidando com as consequências das recentes enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul. Na Zona Norte da cidade, especialmente entre os bairros Navegantes e São Pedro, a situação é preocupante. Mesmo após dois meses, áreas continuam alagadas, dificultando o cotidiano de quem vive e trabalha na região.

Relatos de moradores e pessoas que transitam nos bairros são muito importantes para entender a realidade enfrentada. Felipe Camargo, 57 anos, trabalha na limpeza de uma loja do DC Shopping e expressou frustração com a situação:

“Eu acho mesmo é que nunca vão resolver isso aqui. Fico com pena de quem precisa fazer esse deslocamento diariamente e não consegue. Hoje, vim dar uma olhada por curiosidade, mas não me parece ser tão simples”, lamentou.

A preocupação com o sistema de escoamento também é compartilhada por Luiz Oliveira, 66 anos, morador do bairro Navegantes:

“Eu, por sorte, consegui tirar tudo de casa, até o cachorro. Acho que vai cair uma parede ou outra, mas isso não é problema agora. Problema mesmo são esses canos todos aí que estão todos entupidos e vai afetar a cidade”, alertou.

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A situação mais crítica parece estar próxima aos trilhos da Trensurb, onde a água acumulada atinge mais de um metro e meio de altura. A casa de bomba, essencial para o escoamento adequado, encontra-se fora de operação e, segundo relatos, foi vandalizada durante a enchente.

A Trensurb, quando procurada para entender quais medidas estão sendo tomadas, não deu resposta. Enquanto isso, medidas emergenciais como a recomposição de comportas danificadas ainda aguardam ação da prefeitura.

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) destacou que a capacidade de escoamento na região está comprometida sem a operação da casa de bomba da Trensurb. A falta de declividade na área agrava o problema, dificultando o fluxo natural da água para o Guaíba.

A comunidade local aguarda soluções efetivas e rápidas para minimizar os impactos das enchentes recorrentes. Enquanto isso, a incerteza e a preocupação persistem entre aqueles que enfrentam diariamente os desafios deixados pelas últimas tempestades.

 

 

 

 

 

Imagem destaque: Reprodução

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