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Estado confirma 15 mortes por leptospirose em decorrência das enchentes no RS

Enchentes no Rio Grande do Sul expõem população ao risco da doença transmitida por água contaminada e urina de animais

enchentes e riscos de leptospirose em porto alegre
Foto: Gustavo Mandur/Palácio piratini

Perigo da Leptospirose já se manifestou

Desde o início da crise climática no Rio Grande do Sul, a leptospirose tem se mostrado uma ameaça latente, ceifando vidas e evidenciando a vulnerabilidade dos cidadãos expostos às enchentes. Com um triste registro de 15 mortes confirmadas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS) alerta para a importância da prevenção e cuidados imediatos.

A predominância de homens entre as vítimas, com idades variando entre 50 e 68 anos, chama atenção dos especialistas. Embora idade e sexo não sejam fatores de risco per se, a exposição direta à água contaminada durante atividades como resgates e limpezas aumenta a suscetibilidade à infecção, conforme destaca o infectologista Paulo Ernesto Gewehr Filho, do Hospital Moinhos de Vento.

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Entenda como a Leptospirose se espalha

A leptospirose, transmitida pela bactéria Leptospira presente na urina de animais, especialmente ratos, ganha terreno em situações de inundação, quando esgotos se misturam às águas pluviais. As cidades atingidas pelas enchentes do mês de maio, como Travesseiro, Venâncio Aires e Porto Alegre, enfrentam não apenas os estragos das águas, mas também o perigo invisível da doença.

Embora os sintomas, que vão desde febre e dores musculares até icterícia e insuficiência renal, possam demorar até um mês para surgirem, a rápida evolução da doença em casos graves alerta para a importância da busca precoce por cuidados médicos. A leptospirose pode ser implacável, mas a intervenção médica oportuna pode salvar vidas.

Para evitar o contágio, é crucial adotar medidas preventivas, como o uso de equipamentos de proteção individual e a quimioprofilaxia pós-exposição para aqueles que estiveram em contato prolongado com águas contaminadas. A SES/RS reforça a importância da orientação médica nesses casos.

 

 

 

foto: Gustavo Garbino/ PMPA

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