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Ex-Secretária de Educação de Porto Alegre teria recebido valor surreal em propina

Operação Capa Dura revela detalhes chocantes sobre transações financeiras ligadas à aquisição imobiliária da ex-gestora pública

Ex-Secretária de Educação de Porto Alegre teria recebido valor surreal em propina
Foto: Giulian Serafim/PMPA / Ex-secretária de educação

Ex-secretária de educação teria recebido mais de R$500mil em propinas

A segunda fase da Operação Capa Dura em Porto Alegre trouxe à tona um escândalo envolvendo a ex-secretária de Educação, Sônia da Rosa. Investigadores da Polícia Civil descobriram que uma parcela significativa do valor do apartamento adquirido por Sônia teria sido paga como propina, proveniente de empresas ligadas a um representante comercial que intermediava negócios com a Secretaria Municipal de Educação (Smed).

Segundo apurações detalhadas pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI), a transação imobiliária, realizada em maio de 2022 por R$ 750 mil, incluiu um pagamento de R$ 300 mil direcionado ao vendedor do imóvel. Esse montante suspeito teria sido repassado pela MAC Construtora e Incorporadora, de Marco Antônio Freitas Rocha, e pelo advogado Paulo de Tarso Dalla Costa, ambos com vínculos profundos com o representante comercial Jailson Ferreira da Silva.

Jailson, conhecido por suas relações estreitas com a ex-secretária desde sua gestão em Canoas, teria facilitado diversas compras da Smed, totalizando R$ 43,2 milhões em contratos para livros e laboratórios. A investigação revelou que parte do pagamento ao vendedor do apartamento foi intermediado por Jailson, por meio de sua empresa JBG3 Tecnologia da Informação e Serviços.

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Além das revelações sobre os pagamentos suspeitos, a operação policial resultou na apreensão de veículos de luxo de Marco Antônio Rocha, sócio da MAC Construtora e Incorporadora, incluindo uma Ferrari e um Bentley, em meio a acusações anteriores de lavagem de dinheiro.

As autoridades continuam investigando o caso para determinar a extensão dos envolvimentos e possíveis ramificações das transações ilícitas. A comunidade de Porto Alegre aguarda mais desenvolvimentos dessa investigação que coloca em xeque a integridade de figuras públicas e empresariais da região.

 

 

 

Imagem destaque: Itamar Aguiar / Palácio Piratini / Arquivo

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