“Faltou escala para mostrar as chuvas no mapa”. Entenda declaração de Chefe do Inmet

Escala de chuvas foi 5x superior ao estimado

O Rio Grande do Sul foi palco de uma verdadeira saga meteorológica entre o fim de abril e o início de maio deste ano. O volume de chuvas que desabou sobre o estado não apenas desafiou as previsões, mas também rompeu as escalas de medição, deixando o mapa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em estado de choque.

De acordo com os dados divulgados pelo Inmet, as chuvas superaram em até cinco vezes a média histórica para o período, levando a capital, Porto Alegre, a enfrentar seu mês mais chuvoso em mais de um século. Marcelo Schneider, coordenador do distrito de meteorologia de Porto Alegre, ressalta a dimensão do fenômeno, apontando para uma necessidade urgente de reavaliar a forma como a população e os gestores públicos interpretam e respondem aos alertas meteorológicos.

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Chuvas no RS acendem sinal de alerta para meteorologia

Schneider destaca a importância de criar uma verdadeira “cultura da meteorologia”, onde a previsão do tempo não seja apenas uma informação, mas sim um guia para ações concretas de prevenção e enfrentamento dos extremos climáticos. Ele aponta para a necessidade de investimentos em comunicação eficaz, com alertas automáticos disseminados em diversos meios, bem como a ampliação da rede de estações meteorológicas e a capacitação de profissionais.

Apesar dos alertas emitidos pelo Inmet dias antes do auge das chuvas, nem todas as cidades conseguiram se preparar adequadamente. Para Schneider, isso evidencia a importância de uma comunicação mais ágil e efetiva, capaz de captar a atenção de todos os envolvidos e evitar interpretações equivocadas.

imagem: Gustavo Garbino/ PMPA