Nível do Guaíba atinge cota de alerta em Porto Alegre após novas chuvas
Nível do famoso rio atinge 3,15 metros, causando transtornos em áreas vulneráveis da cidade
Chuvas nesta semana fizeram Guaíba atingir cota de alerta
Na noite de quarta-feira (19), o Guaíba, em Porto Alegre, voltou a subir e alcançou a cota de alerta de 3,15 metros, conforme medição da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realizada às 22h, próximo à Usina do Gasômetro. Ao longo da madrugada e manhã seguinte, o nível continuou a crescer, atingindo 3,23 metros às 3h15 e mantendo-se em 3,21 metros por volta das 11h15.
As fortes chuvas, que totalizaram 57,8 milímetros na estação do Jardim Botânico e 64,2 milímetros na Belém Novo entre a meia-noite e 7h de quarta-feira, têm provocado sérios transtornos, especialmente na Zona Norte da capital gaúcha. Bairros como Vila Farrapos e Humaitá enfrentam inundações, afetando residências e mobilizando a Defesa Civil.
Desde a segunda-feira (17), um alerta da Defesa Civil já vinha sendo emitido para áreas ribeirinhas devido ao mau tempo, com previsão de possíveis inundações nas Ilhas e no Extremo Sul da cidade, vigente até esta quinta-feira (20).
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Comportamento do Guaíba segue registros do mês atual
Segundo especialistas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, o aumento no nível do Guaíba é consequência das intensas precipitações dos últimos dias, que elevaram os volumes dos rios afluentes e, consequentemente, os níveis do lago.
A situação contrasta com os registros de junho, quando o Guaíba chegou a ficar abaixo da cota de alerta pela primeira vez em mais de um mês. Anteriormente, em maio, o lago alcançou níveis históricos, atingindo a marca recorde de 5,35 metros em 5 de maio, devido aos temporais que devastaram o estado e resultaram em uma tragédia climática com centenas de mortos, desaparecidos e milhares de desabrigados.
A cidade segue monitorando de perto o comportamento do Guaíba e as condições meteorológicas, preparando-se para enfrentar os desafios decorrentes das variações extremas do nível do lago durante este período de instabilidade climática.
Imagem destaque: Fernando Oliveira / Metsul
