O Tribunal do Júri de Canoas chegou a um veredito aterrador na última quinta-feira (22). Lacir Lopes, de 47 anos, foi condenado a 49 anos e oito meses de prisão por homicídio e ocultação de cadáveres. Os crimes, revelados em 2019, chocaram a comunidade ao desvendarem um cenário de extrema violência e crueldade.
Lopes, que trabalhava como caseiro em um terreno próximo à Avenida Guilherme Shell, foi responsabilizado pela morte de Leila dos Santos Miguel, sua colega de trabalho; um vizinho chamado Marcelo Gomes Franceschina ; e seu próprio sobrinho, Gilmar Pedro Rodrigues de Oliveira. Os assassinatos ocorreram em abril de 2018, mas os corpos só foram encontrados no final de 2019, carbonizados e esquartejados.
O caso ganhou notoriedade pela brutalidade dos crimes. Segundo o Ministério Público, Lacir espancou, esquartejou e queimou as vítimas antes de enterrá-las. Em um dos casos, teve a ajuda de um comparsa, também condenado, e do sobrinho, que acabou se tornando uma das vítimas após ameaçar denunciar o crime.
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Comunidade de Canoas ficou aterrorizada pela brutalidade
A investigação começou com uma denúncia feita pela irmã de Marcelo Gomes Franceschina, 25 anos, que estava desaparecido. Suspeitando do pior, ela alertou a polícia, o que levou à descoberta dos corpos após escavações e uso de cães farejadores.
Lacir, descrito pelos policiais como um homem frio e isolado, confessou os crimes, que foram marcados por uma violência extrema, como relatou o promotor Rafael Russomanno Gonçalves. As evidências apresentadas durante o julgamento confirmaram a brutalidade das agressões, e o réu foi finalmente responsabilizado pelos horríveis atos que chocaram a região.