Saiba mais sobre a investigação envolvendo corrupção na Educação de Porto Alegre
Segunda fase da operação amplia investigações sobre esquema de desvio de verbas destinadas à educação municipal
Porto Alegre é sede de grande investigação policial
A manhã desta sexta-feira (5) marcou o avanço das investigações da Polícia Civil na segunda fase da Operação Capa Dura, que mira suspeitas de corrupção na Secretaria Municipal da Educação (Smed) de Porto Alegre. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão ex-gestores da Smed, servidores públicos e empresários envolvidos em contratos milionários.
A ex-titular da Smed, Sônia da Rosa, é central nas investigações, acusada de utilizar recursos ilícitos para pagar parte de um apartamento. A operação, que abrange 12 cidades nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, também envolve a prefeitura de Porto Alegre, alvo de buscas.
Os crimes investigados incluem licitações fraudulentas, lavagem de dinheiro e associação criminosa, todos relacionados a contratos que somam R$ 58,2 milhões realizados em 2022. A primeira fase da operação, iniciada em janeiro, já havia levantado indícios que agora se expandem para incluir novas empresas e modalidades de fraude.
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Segundo a delegada Vanessa Pitrez, diretora do Deic, “a operação de hoje dá seguimento na investigação de uma série de fraudes licitatórias e crimes correlatos, que lesaram os cofres públicos do município de Porto Alegre, em milhões de reais, fazendo com que as verbas destinadas à educação deixassem de ser investidas de forma séria e eficiente.”
A cobertura jornalística do Grupo de Investigação da RBS (GDI), iniciada em junho de 2023, foi crucial para a abertura dos inquéritos e instalação de duas CPIs na Câmara de Vereadores. As compras da Smed foram questionadas por práticas que favoreciam grupos específicos e desrespeitavam as normas de gastos públicos.
Nesta nova fase, a Justiça determinou medidas severas, incluindo a suspensão de função pública de servidores e a proibição de contratar com entes públicos para diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas. A operação segue sob coordenação das delegacias especializadas em corrupção, com o objetivo de esclarecer todas as irregularidades apontadas.
Imagem destaque: Divulgação / PCRS