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Justiça retira qualificadora em julgamento por morte cruel de homem negro em Porto Alegre

Decisão judicial contraria Ministério Público e altera rumos do caso no Carrefour de Porto Alegre

Justiça retira qualificadora em julgamento por morte cruel de homem negro em Porto Alegre
Reprodução câmeras de segurança

Porto Alegre foi palco de morte cruel

A Justiça do Rio Grande do Sul decidiu retirar a qualificadora de motivo torpe do processo envolvendo seis réus acusados pela morte de João Alberto Freitas no Hipermercado Carrefour, em Porto Alegre, no ano de 2020. O julgamento, aguardado com grande expectativa, ainda não tem data marcada.

Entre os réus estão Magno Braz Borges e Giovane Gaspar, ex-seguranças do estabelecimento, acusados de terem agredido violentamente João Alberto, além de Adriana Alves Dutra, Kleiton Silva Santos, Rafael Rezende, então funcionários do Carrefour, e Paulo Francisco da Silva, terceirizado responsável pela segurança.

A decisão judicial atende a um recurso da defesa de um dos réus, divergindo da denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP), que argumentava que o crime foi motivado por preconceito racial e pela condição de vulnerabilidade econômica da vítima.

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Segundo o MP, João Alberto foi alvo de vigilância constante durante suas compras, seguido de maneira ostensiva ao deixar o estabelecimento, o que culminou nas agressões fatais perpetradas pela equipe de segurança.

Com a exclusão da qualificadora de motivo torpe, os réus agora enfrentam acusações de homicídio duplamente qualificado por meio cruel e por recurso que dificultou a defesa da vítima, conforme estipulado pelo artigo 61 do Código Penal.

Ainda é possível recorrer da decisão aos tribunais superiores, conforme informou o Tribunal de Justiça. A denúncia do Ministério Público sublinha que o crime foi perpetrado em razão da vulnerabilidade econômica e do preconceito racial contra João Alberto. A acusação detalha que a vítima foi brutalmente espancada até a morte por compressão torácica, em um ato que também foi excessivo e dificultou qualquer possibilidade de defesa.

 

 

 

Imagem destaque: Reprodução câmeras de segurança

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