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Limpeza de Porto Alegre pode chegar a valor astrônomico. Confira!

Porto Alegre e cidades vizinhas enfrentam dilema ambiental e social após enchentes históricas

lixo acumulado em porto alegre
Foto: André Borges

Quantidade de resíduos acumulados em Porto Alegre e região assustam

Após as devastadoras enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio, a reconstrução vai além das estruturas físicas, alcançando o manejo responsável dos resíduos deixados pelo desastre. Em Porto Alegre, mais de 85 mil toneladas de móveis e entulhos foram recolhidas das ruas, uma tarefa monumental que mobilizou mais de mil trabalhadores.

Carlos Alberto Hundertmarker, diretor do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), compara a operação a uma “pós-guerra”, enfatizando a magnitude do desafio logístico e ambiental. A interrupção do acesso ao principal aterro de Minas do Leão complicou ainda mais a gestão dos resíduos, forçando a busca por soluções emergenciais em diversas partes do país.

Eldorado do Sul, duramente atingida, viu a maioria de suas ruas se transformarem em rios temporários. Com 40 mil residentes evacuados, a cidade enfrenta uma fase de reconstrução longa e complexa. A gestão dos resíduos contaminados pela lama tornou-se uma prioridade, exigindo a criação de aterros específicos e a mobilização de centenas de máquinas de diferentes estados brasileiros.

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Além dos desafios imediatos, a questão ambiental ganha destaque. A lei de incentivo à reciclagem proposta por Carlos Gomes, ex-catador e atual secretário de Habitação do Estado, busca não só fortalecer cooperativas de reciclagem, mas também criar oportunidades econômicas sustentáveis para as comunidades afetadas.

Adalberto Maluf, secretário do Meio Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, destaca a importância de reconstruir as cooperativas de material reciclado danificadas. Iniciativas como o Fundo Nacional do Meio Ambiente destinam recursos significativos para apoiar essas iniciativas, visando não apenas a recuperação econômica, mas também a proteção ambiental.

À medida que o Rio Grande do Sul se recupera, a esperança é transformar os escombros em recursos utilizáveis, como a madeira resinada para construção de casas sustentáveis. Este é um passo crucial para garantir que os catadores e suas famílias possam reconstruir suas vidas com dignidade e segurança.

 

 

 

Imagem destaque: Guilherme Milman

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