Manifestantes do MST invadem Porto Alegre e ocupam prédio do Incra
Movimento reivindica apoio para reconstrução de assentamentos afetados
MST ocupa pátio do Incra em Porto Alegre
Desde as primeiras horas da manhã de hoje, Porto Alegre é palco de uma ocupação protagonizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) nas imediações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Cerca de mil manifestantes estão mobilizados, buscando respostas do governo estadual e do Incra para as necessidades urgentes dos assentamentos afetados pela recente enchente.
Álvaro Delatorre, da direção estadual do MST, relatou uma série de reuniões ao longo do dia com autoridades. Além da urgência na questão da terra, o movimento destaca a necessidade de apoio para reconstruir assentamentos severamente impactados, como os de Eldorado do Sul, Guaíba e Nova Santa Rita. “Estamos dialogando com o governo para cumprir o compromisso de realocar as famílias afetadas em áreas públicas disponíveis”, explicou Delatorre.
Os danos provocados pelas enchentes em maio deixaram mais de 400 famílias em situação precária, afetando tanto suas estruturas de produção quanto de moradia. Delatorre enfatizou a importância do suporte técnico e do acesso a crédito para que essas famílias possam reconstruir suas vidas e suas atividades produtivas.
“A tarde foi marcada por uma reunião com o Incra, onde discutimos não apenas reassentamentos imediatos, mas também a necessidade de novas áreas para acampamentos e investimentos em infraestrutura, como estradas e barragens”, destacou Delatorre, ressaltando a expectativa por avanços concretos até amanhã.
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Incra deu resposta ao MST
Em resposta às demandas, o Incra se comprometeu a buscar novas áreas rurais e a desenvolver projetos de recuperação de infraestrutura. Recentemente, iniciou reuniões para implementar um programa de crédito de instalação no valor de R$ 16 mil por família, visando apoiar a reconstrução nos assentamentos atingidos. Até o fechamento desta matéria, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) não se pronunciou sobre as discussões em curso.
Imagem destaque: Mauro Schaefer
