Confira o número de passageiros transportados por via aérea na Grande Porto Alegre após as enchentes
Interrupção prolongada gera impacto significativo no transporte aéreo e logístico da Grande Porto Alegre
Passageiros em malha aérea de Porto Alegre encontram muitas dificuldades e evasão
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, está prestes a completar três meses de suspensão total de suas operações normais, e o impacto dessa interrupção é evidente. Dados recentes do Painel da Reconstrução, do Grupo RBS, revelam que o número de passageiros em junho despencou para apenas 8,6% do total registrado em abril. A Grande Porto Alegre, que hoje conta com a Base Aérea de Canoas como principal ponto de embarque e desembarque, enfrenta uma crise de mobilidade aérea.
Com o Salgado Filho fora de operação, a alternativa emergencial tem sido a utilização de aeroportos no interior de Santa Catarina e outros terminais ao redor do estado. No entanto, a malha aérea temporária ainda não conseguiu compensar a perda. Em junho, Porto Alegre recebeu apenas 45.850 passageiros, uma redução de 490.395 comparado ao número de abril. Em contrapartida, os aeroportos emergenciais registraram um aumento de 108.397 passageiros, mostrando que a rede de apoio responde por 22,1% da queda observada na capital.
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Passageiros com destinos turísticos, descartam o RS
A crise afeta não apenas passageiros, mas também a logística. Paulo Menzel, presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, destaca que a situação prejudica tanto o transporte de pessoas quanto de cargas, resultando em sobrecusto e perda de competitividade para empresas. Menzel observa que, ao usar o transporte rodoviário em combinação com o aéreo, as empresas enfrentam lentidão e aumento de estoques.
João Augusto Machado, presidente da Abav-RS, aponta que o cenário também reflete negativamente no setor de turismo. Com menos opções de voos e aumento dos custos, as viagens curtas e de negócios foram severamente impactadas. O aumento de demanda em terminais alternativos, como Florianópolis, levou a uma movimentação semelhante à alta temporada, intensificando ainda mais a pressão sobre a malha aérea regional.
Imagem destaque: Reprodução/Instagram/Aeroporto Salgado Filho