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Confira o número surreal de famílias que seguem acampadas às margens da estrada em Porto Alegre

Em Porto Alegre, comunidades resistem às margens das rodovias BRs 290 e 116 após cheias devastadoras

famílias que seguem acampadas às margens da estrada em Porto Alegre
Reprodução/ Globo News

Famílias seguem acampadas em rodovia da Capital

Cerca de 70 famílias continuam sua luta diária por sobrevivência às margens das movimentadas BRs 290 e 116, na região das ilhas de Porto Alegre, após serem duramente afetadas pelas enchentes de maio. Segundo a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), essas comunidades enfrentam condições precárias enquanto resistem próximas às suas casas destruídas.

Nesta quarta-feira (10), a equipe de reportagem de Zero Hora visitou os acampamentos e ouviu histórias de vida marcadas pela tragédia e pela resiliência. Entre lonas improvisadas e viadutos, pessoas como Juan Carlos Durant, argentino e artista plástico de 57 anos, encontraram refúgio provisório desde o início da cheia. Juan optou por permanecer próximo à sua casa na Ilha das Flores, onde agora dorme em um Fiat Fiorino convertido, recebendo apoio de voluntários que passam de carro.

“Não posso voltar para a minha casa. Está totalmente destruída e cheia de barro e umidade”, lamenta Juan, cuja principal preocupação é o perigo constante de acidentes devido ao tráfego intenso na rodovia.

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Famílias encontram dificuldades após enchentes

A história de Nelson da Silva Morro, 50 anos, também é emblemática. Após perder 17 carros que estava restaurando e contrair leptospirose, Nelson decidiu retornar às margens da estrada, recusando-se a abandonar sua casa ao lado do Rio Jacuí.

Enquanto isso, a prefeitura de Porto Alegre, por meio da Fasc, afirma que tem oferecido assistência contínua às famílias, incluindo distribuição de alimentos, cobertores, banheiros químicos, e cuidados veterinários para animais de estimação. No entanto, muitos dos acampados preferem permanecer próximos de suas propriedades, mesmo com o risco e as dificuldades enfrentadas.

A situação evidencia não apenas a urgência das ações de ajuda humanitária, mas também a força das comunidades em resistir e reconstruir suas vidas, apesar das adversidades. Enquanto esperam pela normalização da situação, essas famílias demonstram uma determinação inabalável em preservar suas raízes e lares, independentemente dos desafios que enfrentam diariamente.

Imagem destaque: Reprodução/ Globo News

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