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Polícia realiza indiciamento de grande empresa por mortes no RS. Entenda

Polícia Civil do RS investiga mortes de animais em lojas atingidas por enchentes em Porto Alegre

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Foto: Divulgação / Polícia Civil

Policia indicia funcionários e empresa Cobasi pelas mortes

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou sete funcionários da renomada rede de pet shops Cobasi, além das unidades em Porto Alegre e a matriz em São Paulo, por maus-tratos a animais. A investigação foi desencadeada após uma tragédia ocorrida em maio, quando enchentes devastaram a região da capital gaúcha, resultando na morte de roedores, peixes e aves nas instalações da empresa.

Na unidade localizada no bairro Praia de Belas, 175 pets, enclausurados em gaiolas, perderam a vida durante as enchentes, conforme apurado pela polícia. Durante a vistoria, foram encontradas pelo menos 38 carcaças de animais no local. Já na loja situada na Avenida Brasil, 348 animais estavam presos quando a água invadiu o estabelecimento, resultando na morte de um pássaro e vários peixes.

A delegada titular da Dema (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente), Samieh Saleh, enfatizou a negligência da empresa, destacando que “apesar do faturamento bilionário anual da rede, não houve nenhuma ação preventiva para retirar os animais antes da enchente ou para resgatá-los quando a água já alcançava as lojas”. A denúncia foi impulsionada por voluntários que iniciaram operações de resgate após a inundação, revelando a gravidade da situação.

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O crime de maus-tratos a animais prevê pena de detenção de dois meses a um ano, além de multa, podendo chegar a até 12 anos de reclusão em casos de morte dos animais. As investigações também revelaram que, antes de abandonar a loja em Praia de Belas, funcionários priorizaram o resgate de equipamentos eletrônicos em detrimento dos animais, deixando-os à mercê da catástrofe.

As duas unidades afetadas foram evacuadas apenas em 3 de maio, após o início das piores enchentes registradas em Porto Alegre. Os detalhes do caso foram tornados públicos a partir de 11 de maio, quando voluntários mobilizaram-se para resgatar os animais da unidade da Avenida Brasil.

A Cobasi não emitiu comentários imediatos sobre o assunto, mas enfrentará o desenrolar do processo judicial enquanto enfrenta repercussões pela negligência demonstrada em um momento crucial para a segurança e bem-estar dos animais sob sua responsabilidade.

 

 

Imagem destaque: Divulgação / Polícia Civil

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