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Polícia investiga supostos crimes em compras da Smed em Porto Alegre

Segunda fase da operação revela contratos suspeitos e impactos na educação pública

crimes em compras da Smed em Porto Alegre
Lauro Alves / Agencia RBS

Polícia deflagra operação Capa Dura em Porto Alegre

A manhã desta sexta-feira (5) marca mais um capítulo na investigação da Operação Capa Dura, conduzida pela Polícia Civil, que visa desvendar possíveis irregularidades cometidas por gestores públicos e empresários ligados à Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre.

Após a primeira fase, que resultou na detenção temporária de quatro indivíduos, incluindo a ex-titular da Smed, Sônia da Rosa, a operação atual foca em contratos que totalizam impressionantes R$ 58,2 milhões. As suspeitas apontam para um processo de compras que ignorava estudos técnicos prévios, iniciando-se muitas vezes a partir de propostas diretas das próprias empresas fornecedoras.

Coordenadas pelas Delegacias de Combate à Corrupção do DEIC, as ações de hoje envolvem 36 mandados de busca e apreensão, além de quatro ordens de sequestro de veículos distribuídas em 12 cidades de três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A identidade dos investigados está sob sigilo judicial.

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Além das medidas cautelares contra servidores públicos e empresários, a Justiça determinou a suspensão de funções públicas para quatro servidores, e a proibição de contratação com entes públicos para sete empresas e cinco empresários envolvidos.

As investigações tiveram início após denúncias do Grupo de Investigação da RBS (GDI), revelando suspeitas sobre compras de livros didáticos, dispositivos eletrônicos, kits de robótica e materiais esportivos. Parte significativa desses itens foi encontrada em depósitos em condições precárias ou até mesmo sem uso nas escolas.

Os contratos sob investigação nesta fase incluem aquisições de brinquedos pedagógicos, kits de robótica, livros e programas de educação ambiental. A Polícia Civil identificou padrões similares em todos os processos investigados, sugerindo direcionamento e possíveis acordos entre a prefeitura e as empresas fornecedoras.

Entre as irregularidades apuradas estão o direcionamento das licitações para beneficiar empresas específicas, ausência de estudos que justificassem as compras, e falhas na distribuição e armazenamento dos materiais adquiridos.

 

 

 

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