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Polícia Militar toma atitude radical contra desabrigados em Porto Alegre

Incidente envolvendo desabrigados das chuvas gera críticas e registro de ocorrência

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Reprodução

Ação da Polícia Militar gerou reações diversas

A tarde de domingo (16) em Porto Alegre foi marcada por uma ação controversa da Polícia Militar, que expulsou cerca de 200 pessoas desabrigadas de um prédio abandonado no centro histórico da cidade. A ocupação, organizada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), visava oferecer abrigo temporário para famílias afetadas pelas recentes enchentes na região.

Testemunhas relataram o uso de gás de pimenta durante a desocupação, o que gerou indignação entre os ocupantes. Shirley Diones Pinheiro, costureira e mãe de três filhos, descreveu o momento em que seu filho de apenas 2 anos foi afetado pelo gás, evidenciando o impacto direto da ação policial sobre as crianças.

Jeremias Pedroso, pedreiro e também morador da ocupação, lamentou a perda de tudo que possuía após a enchente e criticou a maneira como a PM conduziu a desocupação. “Eles vieram jogando gás de pimenta, teve criança que passou mal”, disse ele, refletindo a tensão e o desespero vivenciados durante a operação policial.

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Repercussão é grande após ação da Polícia Militar

A vereadora Abigail Pereira (PCdoB), que apoiava a ocupação, registrou um boletim de ocorrência acusando a Polícia Militar de agressão. Segundo ela, não houve negociação adequada antes da ação dos policiais, o que levanta questionamentos sobre os procedimentos adotados pela corporação.

A advogada Clarice Zanini, presente no local para dar suporte jurídico aos ocupantes, contestou a versão da PM, argumentando que não foram seguidos os protocolos necessários e que houve abuso de autoridade durante a desocupação.

Após a ação, as pessoas foram levadas ao Palácio da Polícia, onde assinaram um termo circunstanciado de registro do incidente e posteriormente foram liberadas. O caso continua a gerar repercussão na cidade, evidenciando as tensões envolvendo direitos à moradia, segurança pública e assistência social em tempos de crise.

 

 

 

Imagem destaque: Reprodução

 

 

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