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Policiais são indiciados pela Brigada Militar por morte após abordagem em Porto Alegre

Caso de Vladimir Abreu de Oliveira mobiliza protestos e investigações na capital gaúcha

Policiais são indiciados pela Brigada Militar por morte após abordagem em Porto Alegre
Reprodução / RBS

Ação de policiais resultou na morte de um morador de Porto Alegre

No último dia 17 de maio, um episódio chocante marcou a comunidade do Condomínio Princesa Isabel, em Porto Alegre: Vladimir Abreu de Oliveira, 41 anos, desapareceu após uma abordagem policial. Dois dias depois, seu corpo foi encontrado na Zona Sul da cidade, o que gerou indignação e protestos entre os moradores, incluindo a queima de dois ônibus na região.

A Brigada Militar (BM) anunciou o indiciamento de cinco policiais militares pelo caso. Entre os indiciamentos estão acusações graves como tortura seguida de morte, ocultação de cadáver, tortura por omissão, prevaricação e omissão de socorro. Os detalhes dos envolvidos não foram divulgados pelas autoridades.

Em comunicado oficial, a BM lamentou profundamente o ocorrido e afirmou repudiar qualquer tipo de abuso ou desvio de conduta por parte de seus membros. A corporação destacou que está comprometida com a responsabilidade correcional necessária para esclarecer o caso.

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O Inquérito Policial Militar (IPM) foi concluído no mês de junho, mas os resultados foram divulgados apenas recentemente, gerando ainda mais comoção na comunidade local. Paralelamente, uma investigação independente conduzida pela Polícia Civil busca esclarecer as responsabilidades criminais dos fatos ocorridos.

Segundo relatos de familiares e testemunhas, Vladimir foi abordado enquanto estava em sua residência no condomínio. Após seu desaparecimento, familiares iniciaram buscas desesperadas por delegacias e hospitais, sem sucesso. O corpo da vítima foi encontrado com sinais de tortura, o que intensificou a revolta e a busca por justiça por parte da comunidade.

“Ele não tinha inimigos, não estava envolvido com o crime. Ele foi torturado antes de ser morto”, afirmou Letícia Abreu de Oliveira, irmã da vítima, em entrevista emocionada.

O caso também teve desdobramentos na forma de protestos. Moradores bloquearam avenida próxima ao condomínio e incendiaram ônibus como forma de manifestação contra a violência e em busca de respostas.

A prisão preventiva de parte dos PMs envolvidos e a detenção de suspeitos pelo incêndio dos ônibus evidenciam a complexidade e a sensibilidade do caso, que continua a mobilizar a opinião pública e as autoridades competentes.

 

 

 

 

Imagem destaque: Reprodução

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