Em Porto Alegre e com ausência do DMAE, audiência debate estragos das enchentes
Autoridades discutem medidas emergenciais e falhas estruturais após enchentes históricas
Porto Alegre realiza audiência importante para o RS
Na noite de segunda-feira, uma audiência pública na Assembleia Legislativa do RS reuniu autoridades e especialistas para discutir as falhas na proteção contra as cheias que assolaram Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo em maio deste ano. O encontro foi marcado por ausências e apontamentos cruciais sobre a gestão e a infraestrutura necessárias para enfrentar eventos climáticos extremos na região metropolitana.
O diretor do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss, faltou à reunião, frustrando expectativas quanto às providências imediatas. Enquanto isso, Ronaldo Zulke, da Secretaria Extraordinária da Reconstrução do RS, informou sobre decisões do governo federal para obras emergenciais nos diques e casas de bombas afetados.
Francisco Hörbe, diretor-superintendente da Metroplan, destacou que projetos de proteção contra cheias, financiados pelo PAC desde 2012, estão em curso, mas enfrentam desafios financeiros significativos. A necessidade de realocar residências em áreas de risco foi ressaltada como uma medida preventiva crucial.
O professor Maurício Paixão, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, criticou a resposta inadequada às enchentes e enfatizou a importância de uma melhor coordenação entre as fases de prevenção e resposta aos desastres.
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Em São Leopoldo, Fabiano Camardo da Defesa Civil mostrou imagens históricas para ilustrar a gravidade das inundações recentes e propôs melhorias estruturais urgentes. Em Canoas, o secretário de Obras Guido Bamberg detalhou os danos causados pelo rompimento de diques e anunciou planos para fortalecer o sistema de proteção da cidade.
O deputado Miguel Rossetto (PT), coordenador da audiência, enfatizou a necessidade de uma nova estrutura para a Defesa Civil, capaz de responder de maneira eficaz às emergências futuras. O evento destacou a urgência de investimentos e planejamento estratégico para evitar novas tragédias e proteger os moradores da região metropolitana contra eventos climáticos extremos.
A audiência pública evidenciou a complexidade dos desafios enfrentados e a necessidade premente de ações coordenadas e eficazes por parte das autoridades e da sociedade civil para mitigar os impactos das cheias na vida dos cidadãos.
Imagem destaque: Divulgação Defesa Civil
