Porto Alegre tem número assustador de famílias em situação de rua. Veja!
Albergues municipais enfrentam desafios enquanto demanda cresce em meio a condições adversas
Porto Alegre busca auxiliar moradores de rua
A Prefeitura de Porto Alegre tem disponibilizado 272 vagas diárias para pernoite, destinadas a pessoas em situação de vulnerabilidade social na cidade. Essa oferta, no entanto, contrasta com a realidade preocupante: dados recentes indicam que até abril deste ano, mais de 4.500 famílias estavam inscritas como moradores de rua no Cadastro Único do Governo Federal.
Atualmente, três albergues na cidade oferecem esses serviços essenciais, acolhendo cerca de 200 pessoas diariamente, segundo informações municipais. A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) ressalta que, das mais de 4.000 pessoas em situação de rua autodeclaradas, aproximadamente mil têm acesso a algum tipo de acolhimento institucional, enquanto outras 2.500 recebem serviços de acompanhamento das equipes da prefeitura.
A gestão municipal enfatiza a importância de estratégias que visam convencer as pessoas a aderirem aos serviços oferecidos, apesar das dificuldades relacionadas a horários e outras condicionalidades impostas pelos abrigos.
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Porto Alegre tem carência que aumentou com a pandemia
A pandemia de Covid-19 aumentou significativamente a situação, resultando em um aumento no número de pessoas vivendo nas ruas da capital. Relatórios do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania apontam que o número de moradores de rua em Porto Alegre saltou de 3.306 para 4.000 entre julho e dezembro do ano passado.
Recentemente, as enchentes devastadoras que afetaram o estado também tiveram impacto direto na vida dos moradores de rua, dificultando ainda mais a assistência humanitária destinada a essa população.
Além dos desafios estruturais e climáticos, questões como a qualidade das pensões contratadas pela prefeitura e a adequação dos serviços prestados têm sido debatidas pela comunidade acadêmica e por especialistas, como destacou a professora de Antropologia da UFRGS, Patrice Schuch.
Diante desse cenário complexo, os esforços da prefeitura incluem não apenas a ampliação temporária de abrigos, como o Ginásio do Demhab, mas também o trabalho contínuo das equipes de abordagem que operam diariamente nas ruas da cidade, oferecendo suporte das 8h30 às 17h30, e durante a ronda noturna das 20h às 23h.
Imagem destaque: Divulgação/PMPA