O mais recente debate entre os candidatos à prefeitura de Porto Alegre foi um verdadeiro duelo de titãs, onde a troca de farpas e críticas não deixou pedra sobre pedra. Sebastião Melo (MDB), Maria do Rosário (PT), Juliana Brizola (PDT) e Felipe Camozzato (Novo) protagonizaram um encontro marcado por ataques pessoais e divergências profundas sobre o futuro da cidade.
Desde o primeiro bloco, onde os candidatos se apresentaram, as críticas começaram a aflorar. Maria do Rosário e Juliana Brizola foram incisivas ao apontar falhas na gestão atual de Melo. Camozzato, por sua vez, tentou desestabilizar os concorrentes ao lembrar a interconexão entre eles, ressaltando que “Juliana foi vice de Melo, Melo foi vice do Fortunati, que apoia Rosário”.
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Sebastião Melo, por sua vez, usou seu momento para defender sua administração, ressaltando os avanços realizados e chamando seus adversários de “consórcio” por atacarem de forma conjunta. No calor do debate, Melo teve que reconhecer que a cidade ainda enfrenta problemas, embora tenha se esforçado para mostrar melhorias sob sua gestão.
A polarização foi evidente, com Melo e Rosário se destacando como alvos principais um do outro, enquanto Juliana e Camozzato também não pouparam críticas mútuas. O embate mais acirrado ocorreu entre Rosário e Camozzato, com acusações mútuas sobre escândalos de corrupção e motivações ilícitas.
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O debate, que contou com a organização do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), dos portais Terra e Porto Alegre 24 Horas, e da rádio Acústica FM, evidenciou a intensidade das disputas e a falta de concordância entre os candidatos. Embora os ataques tenham sido duros, o debate se concentrou em visões políticas e ideológicas, sem recorrer a xingamentos, mantendo um nível de respeito que contrastou com o cenário de outros debates pelo Brasil.