Preso na região metropolitana de Porto Alegre, Nego Di tem futuro definido pela justiça
Influenciador segue detido após negativa de pedido de revogação, enquanto defesa contesta e aponta pagamento a vítimas
Nego Di está preso em penitenciária na região metropolitana de Porto Alegre
A Justiça do Rio Grande do Sul decidiu na última sexta-feira (26) manter a prisão preventiva de Dilson Alves da Silva Neto, popularmente conhecido como Nego Di. A decisão foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) na manhã desta terça-feira (30), aprofundando o drama jurídico do influenciador e humorista.
Nego Di encontra-se detido em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, desde o dia 14 deste mês, sob a suspeita de estelionato. De acordo com a investigação policial, ele e seu sócio, Anderson Bonetti – que também está preso – estariam operando uma loja online fraudulenta. A loja teria oferecido produtos que nunca foram entregues, causando um prejuízo estimado em R$ 5 milhões às vítimas.
As advogadas de Nego Di, Tatiana Borsa e Camila Kersch, argumentam que a manutenção da prisão é infundada. Elas destacam que a juíza responsável, Patrícia Pereira Krebs, não levou em conta que já foram pagos valores significativos às vítimas. “Jurídicamente, não há fundamentos para a prisão”, afirmam as defensoras, criticando a decisão como desproporcional.
Leia mais:
Partido Novo anuncia nome de candidato que concorrerá à prefeitura de Porto Alegre
Dois homens suspeitos de abuso sexual infantil são presos em Porto Alegre e Alvorada
Sem Habeas Corpus, Nego Di seguirá preso em região metropolitana de Porto Alegre
Por outro lado, a juíza Krebs justificou sua decisão afirmando que a defesa não apresentou novos argumentos que pudessem reverter a prisão preventiva. A decisão de não conceder o habeas corpus solicitado anteriormente pelo advogado de Nego Di reforça a continuidade da detenção.
O caso é ainda mais grave pela abrangência do golpe: quase 400 vítimas foram identificadas pela Polícia Civil, e a fraude se espalhou para além do Rio Grande do Sul, afetando pessoas em diversas partes do Brasil. Nego Di, com seus mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais, usou sua imagem para promover os anúncios fraudulentos.
Imagem destaque: Reprodução
