Produtores gaúchos marcam protesto para Porto Alegre no próximo mês
Sem anúncios concretos, produtores preparam novo protesto em Porto Alegre
Protestos devem ocorrer em Porto Alegre
Após duas grandes mobilizações que reuniram cerca de dez mil agricultores no Rio Grande do Sul, o setor agropecuário aguarda ansiosamente por medidas efetivas do governo para lidar com os impactos das recentes enchentes que devastaram o estado em maio deste ano.
O movimento SOS Agro RS, liderado pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetag-RS), exige do governo federal uma resposta imediata aos seus pedidos. Entre as principais demandas estão a prorrogação das dívidas por 15 anos, com três anos de carência e juros reduzidos, além da liberação de recursos para recuperação das propriedades afetadas, que incluem desde culturas de grãos até a pecuária.
Recentemente, o Senado Federal transformou em medida provisória um projeto de lei que visa anistiar as dívidas de custeio e crédito rural vencidas até o final deste ano. O senador Ireneu Orth (PP-RS), relator do projeto, destaca a urgência da medida: “A Medida Provisória é a melhor solução para evitar possíveis vetos no futuro e garantir uma resposta rápida às necessidades dos produtores”.
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“Tratoraço” é organizado para Porto Alegre
Diante da falta de anúncios concretos até o momento, os agricultores organizam um novo protesto em Porto Alegre, marcado para o dia 8 de agosto. Conhecido como tratoraço, o ato pretende chamar a atenção das autoridades para a crise enfrentada pelo setor. Graziele de Camargo, uma das organizadoras do movimento, enfatiza a importância da mobilização: “Estamos pressionando por medidas urgentes. O estado e o agronegócio gaúcho precisam de apoio imediato para se recuperarem”.
Enquanto isso, representantes de cooperativas gaúchas se reuniram com ministros em Brasília para discutir a renegociação das dívidas dos produtores. A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS) destacou a necessidade de eliminar restrições ao acesso ao crédito e encontrar soluções para o endividamento dos cooperados.
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