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Reintegração de prédio é suspensa por ordem do STF

Decisão liminar garante abrigo para vítimas de enchente enquanto tramita nova reclamação da Defensoria Pública

hotel arvoredo porto alegre
Isabelle Rieger/Sul21/ Prédio Hotel Arvoredo

Prédio do hotel arvoredo tem suspensão de reintegração

Em uma reviravolta jurídica, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou o pedido da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul e suspendeu, de forma liminar, a reintegração de posse do antigo prédio do Hotel Arvoredo, localizado na Rua Fernando Machado, no Centro Histórico de Porto Alegre. A medida surge como um alívio para cerca de cem pessoas que se abrigam no local desde o final de maio, após perderem suas casas em uma enchente devastadora.

Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Estado havia autorizado a reintegração, após o prazo estipulado pela Justiça para a saída voluntária das famílias. No entanto, a decisão do STF bloqueia essa ação até que se resolva uma reclamação da Defensoria Pública que solicita a aplicação da resolução 510 do Conselho Nacional de Justiça. Essa norma recomenda uma abordagem mais humanizada e planejada para a reintegração de posse, com audiências públicas e mediações adequadas.

“Queremos garantir que o processo seja conduzido de maneira humanizada e organizada”, afirmou Rafael Pedro Magagnin, defensor público do Núcleo de Defesa Agrária e Moradia. “Cada família tem uma realidade específica, e é fundamental que todos os envolvidos sejam ouvidos e tenham alternativas de moradia.”

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A Defensoria Pública planeja buscar mediações com a Prefeitura de Porto Alegre e os governos estadual e federal para encontrar soluções de moradia para os ocupantes. Estes, majoritariamente oriundos da zona norte de Porto Alegre e de Eldorado do Sul, alegam não ter para onde ir e apontam que o imóvel estava abandonado há anos.

A Arvoredo Empreendimento Imobiliário, proprietária do hotel, contesta a alegação de abandono, afirmando que o edifício passava por reformas para revitalização econômica. A reportagem entrou em contato com a defesa da empresa para obter uma nova posição sobre a liminar, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.

 

Imagem destaque: Mauro Schaefer / CP Memória

 

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