Grêmio

Relembre a trajetória de Cacalo ex-presidente do Grêmio

Patrono tricolor faleceu neste sábado (24)

Cacalo ex-presidente e patrono do Grêmio
Imagem: Gustavo Langer / Portal do Gremista

Morre Cacalo, ex-presidente do Grêmio, aos 73 anos

O futebol brasileiro perdeu uma figura emblemática neste sábado (24), com o falecimento de Luiz Carlos Pereira Silveira Martins, mais conhecido como Cacalo. O ex-presidente do Grêmio, advogado, radialista e colunista do Diário Gaúcho, faleceu em Porto Alegre, aos 73 anos, após complicações decorrentes de um transplante de rim, no Hospital Moinhos de Vento.

Nascido em Porto Alegre em 27 de agosto de 1950, Cacalo dedicou grande parte de sua vida ao Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Ele ocupou a presidência do clube durante o biênio 1997-1998, mas sua ligação com o Tricolor Gaúcho vai muito além. Antes de assumir a presidência, Cacalo foi diretor de futebol em uma das fases mais gloriosas da história do Grêmio, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, entre 1993 e 1996. Durante esse período, o clube conquistou títulos importantes como a Copa Libertadores da América, a Recopa Sul-Americana, o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Gaúcho.

Cacalo era conhecido por sua paixão pelo Grêmio e seu conhecimento profundo sobre futebol. Além de sua atuação como dirigente, ele se destacou no jornalismo esportivo. Como colunista do Diário Gaúcho e integrante do tradicional programa de debates *Sala de Redação*, da Rádio Gaúcha, ele compartilhava suas opiniões e análises, sempre com foco no Grêmio. Sua voz se tornou uma das mais influentes e respeitadas do meio esportivo gaúcho.

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No entanto, sua trajetória não esteve isenta de polêmicas. Em setembro de 2014, durante o escândalo envolvendo insultos racistas ao goleiro santista Aranha por parte da torcida do Grêmio, Cacalo se envolveu em uma controvérsia ao minimizar o ocorrido, classificando-o como “folclore do futebol”. Suas declarações geraram grande repercussão negativa, levando-o a se retratar no dia seguinte. Cacalo afirmou que era contra a punição ao Grêmio, alegando que crimes de injúria racial são personalíssimos e que a punição não deveria recair sobre o clube, mas exclusivamente sobre o agressor.

Apesar das controvérsias, o legado de Cacalo no Grêmio e no futebol brasileiro é inegável. Em 2012, ele foi homenageado pela Câmara Municipal de Porto Alegre com o título de Cidadão Emérito, em reconhecimento à sua contribuição ao esporte e à cidade.

A morte de Cacalo deixa uma lacuna no cenário esportivo gaúcho. Sua paixão pelo futebol, sua dedicação ao Grêmio e sua presença marcante no rádio e na imprensa escrita serão lembradas por todos que acompanharam sua trajetória. O ex-dirigente deixa um legado de conquistas e também de debates intensos sobre o futebol, sempre com a marca de alguém que viveu o esporte com intensidade.

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