Trensurb registra demora em viagens entre Porto Alegre e Canoas
Serviço emergencial por ônibus entre Canoas e Porto Alegre gera críticas e desafios para passageiros
Percurso entre Porto Alegre e Canoas está prejudicado, avisa Trensurb
Os usuários do trem entre Canoas e Porto Alegre enfrentam uma realidade transformada desde a inundação das estações pela cheia do Guaíba em maio. Com a interrupção de serviços em importantes pontos como Mercado, Rodoviária e São Pedro, a alternativa emergencial por ônibus, embora vital, tem sido motivo de frustração para passageiros como Roberta Dagostine Rosa e Eduardo Martinez.
Roberta, técnica de enfermagem de Novo Hamburgo, relata que o tempo gasto agora nas filas para embarcar no ônibus que a leva à estação Mathias Velho é quase tão longo quanto sua antiga viagem de trem completa. “Para chegar no horário no hospital, eu tenho que sair de casa duas horas mais cedo”, lamenta. Eduardo, vendedor que usa o serviço até Novo Hamburgo, destaca melhorias nas filas com a abertura de mais boxes, mas ainda vê espaço para mais ônibus disponíveis.
Leia mais:
Confira a porcentagem de moradores de Porto Alegre que aumentaram o medo de perder o emprego
Conheça mais sobre a fisiculturista que faleceu em Porto Alegre aos 37 anos
Trensurb enfrenta desafios pontuais
A situação se agrava com a recuperação das infraestruturas afetadas, incluindo subestações de energia e remoção de detritos nos trilhos. Atualmente, apenas 13 estações operam em um trajeto de 26 quilômetros, atendendo uma fração dos 110 mil passageiros diários usuais da Trensurb. O tempo de viagem também aumentou, agora em cerca de 18 minutos, comparado aos anteriores 12 minutos antes da enchente.
A Metroplan, responsável pelo serviço de ônibus, defende que a oferta atual está adequada à demanda, embora enfrentem desafios com a preferência dos passageiros por lugares sentados, o que prolonga as filas nos terminais. Enquanto isso, a Trensurb trabalha na recuperação das estações inundadas, com previsão de reabertura gradual ao longo dos próximos anos.
Com acesso gratuito ao trem devido a problemas no sistema de bilhetagem, o transporte rodoviário custa R$ 6,85. Ainda assim, a expectativa é de melhorias contínuas para minimizar o impacto no dia a dia dos passageiros até a completa normalização dos serviços.
Imagem destaque: Divulgação / Prefeitura Porto Alegre