Abandono de veículos atingidos pelas enchentes preocupam por risco biológico!
Contaminação Ambiental e Saúde Pública: Os Veículos Abandonados nas Águas de Maio
Carros atingidos pelas enchentes representam riscos
As enchentes de maio no Rio Grande do Sul deixaram um rastro preocupante não apenas de destruição visível, mas também de riscos invisíveis que ameaçam a saúde pública e o meio ambiente. A inundação afetou quase todos os municípios do estado, e o saldo de veículos submersos é alarmante: mais de 200 mil automóveis foram danificados, muitos dos quais foram abandonados nas ruas e garagens.
Porto Alegre e seus bairros mais atingidos, como Humaitá e Sarandi, estão testemunhando um problema crescente. Os carros e motocicletas deixados para trás estão sendo cobertos por lama e água contaminada, criando um cenário propício para sérios problemas ambientais e de saúde.
Veículos não são apenas sucata; eles contêm uma série de componentes e fluidos que podem ser extremamente prejudiciais. Metais, plásticos, óleos e combustíveis, além dos ácidos das baterias, têm o potencial de contaminar o solo e a água, afetando negativamente a flora e fauna local. Segundo a bióloga e professora Priscila Salgado Sanguinetti, “O vazamento do combustível e a corrosão dos materiais que compõem os veículos podem contaminar os lençóis freáticos e envenenar a flora, atingindo, a curto e longo prazo, plantas que vamos consumir.”
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Além dos riscos ambientais, há uma preocupação crescente com a saúde pública. Os veículos submersos podem servir como criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. Também há o risco de proliferação de roedores, insetos e animais peçonhentos, e a formação de mofo e bactérias que podem causar doenças graves como tétano, leptospirose e cólera. “Esses problemas de saúde são graves e devem ser tratados com urgência para evitar um surto de doenças”, alerta Priscila.
Imagem destaque: Pedro Piegas
